A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, falou nesta sexta-feira (8), durante evento em Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, à respeito do veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no projeto que distribuiria de forma gratuita de absorventes femininos para estudantes de baixa renda de escolas públicas e mulheres em situação de rua.
Damares defendeu o veto do presidente e
disse que o dinheiro do SUS precisa ser destinado à compra das
vacinas. A comandante da Pasta das Mulheres foi na mesma direção do
discurso de Bolsonaro. O chefe do executivo disse que texto
aprovado pela Câmara e pelo Senado não estabeleceu fonte de custeio.
"Hoje a gente tem que decidir, a prioridade é a vacina ou é o
absorvente? As mulheres pobres sempre menstruaram nesse Brasil e a gente não
viu nenhum governo se preocupar com isso. E agora o Bolsonaro é o carrasco,
porque ele não vai distribuir esse ano", disse.
A ministra ainda disse que o governo vai distribuir o item básico de
higiene às pessoas de baixa renda “na hora certa”. "Não
vamos tirar o arroz da cesta básica para colocar um absorvente, mas estamos
muito preocupados com isso sim", disse.
"Nós estávamos construindo, antes da pandemia, um programa dentro
do Ministério da Saúde em parceria conosco [MMFDH]. Por que a gente não
entregou? Porque a gente não tem o dinheiro. O dinheiro foi para a
pandemia, então a gente hoje não tem o dinheiro”, acrescentou a ministra.
O governo do Maranhão foi na contramão da decisão do chefe do executivo,
e anunciou que vai distribuir absorventes para alunas da rede pública de ensino
do estado. De acordo com texto publicado nas
contas do governo, 163 mil jovens nos 217 municípios do estado serão
beneficiadas com a medida, que deve ser iniciada em alguns dias.
Fonte: TV Cultura.
CONSIDERAÇÕES:
Ministra sinistra obediente ao presidente. Uma vergonha! Tanto dinheiro mal administrado
pelo governo, por que negar um direito constitucional de bem-estar de saúde às mulheres
descamisadas do Brasil? A comparação absurda da ministra revela pouca empatia às
necessidades higiênicas das mulheres humildes deste país. Ora, num país em que a educação
não é prioridade, não causa surpresa ouvir de uma ministra bolsonarista a cacofonia
estridente de que vacina e absorvente
não cabem na mesma balança econômica do governo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário