Parece que o eleitor perdeu o
senso ao concentrar as intenções de votos em apenas dois candidatos, ignorando
os demais. Por sua vez, os institutos de pesquisas têm muita responsabilidade
nisso.
Há eleitores que se justificam
ponderando que nesta eleição está em jogo, ou continuar com a direita, ou
permitir que a esquerda volte ao poder. Em democracia, com efeito, temos de
aceitar a decisão do povo e acatar o resultado das urnas, seja quem for o eleito.
Agora, se existem outros
candidatos íntegros e merecedores também de votos, por que não dar oportunidade
para o país ser governado por nova cabeça política?
Considero a polarização uma
idiotice de eleitores que se baseiam apenas em dois candidatos, como se só
existissem dois candidatos.
Não temos de eleger o menos ruim,
o menos isso ou aquilo. Ou votar em X para não eleger Y e vice-versa. Temos de
eleger o melhor, ou seja, aquele que reúne competência, qualidade ética e
moral, espírito democrático, respeito à liturgia do cargo e tenha plano de
governo.
Tanto Bolsonaro quanto Lula são
duas figuras populistas que não pensam a médio e longo prazo, incompetentes e
com defeitos insanáveis.
Lula só não está preso por decisão
questionável do STF, que, no entanto, não o absolveu das acusações que lhe são imputadas.
Bolsonaro, por seu turno, devia estar preso por seu negacionismo à pandemia, e
é responsável, sim, pela morte de muita gente.
Lula é acusado de corrupção.
Bolsonaro também é acusado de corrupção: MEC, onde barra de ouro fazia parte de
propina negociada por pastores; Covaxin, vacina indiana negociada por um preço
1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciada pelo próprio fabricante; Bolsonaro
trouxe o Centrão corrupto para dentro de seu governo; Bolsonaro interfere para
que a suspeita de corrupção de seu filho, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), nas
rachadinhas da Alerj, não seja apurada; Bolsonaro não justificou, até agora,
como a sua família adquiriu 51 imóveis, pagos parcial ou totalmente em dinheiro
vivo.
O Brasil precisa ser governado por
nova cabeça política.
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