Aproveito a notícia veiculada no
jornal Campo Grande News acerca da nomeação de cinco nomes indicados pelo PT para o governo de Mato Grosso do Sul (PSDB), para fazer algumas considerações.
O país é submisso aos interesses
políticos e por isso continua sendo mal administrado. Vejam só a política
fisiologista do toma lá, dá cá, funcionando a todo vapor, em que um governo
eleito tem de distribuir cargos entre os partidos que lhe deram apoio. Isso é
uma vergonha, uma velha prática indecente que enxovalha a seriedade de nossa
política.
Pois
bem, o Brasil não tem jeito! A corriola política avacalha o país. Só tem abutre
para tirar proveito da coisa pública. O loteamento político dos cargos na
administração pública sempre foi uma vergonha e jamais vai acabar. Por isso, com
a experiência de muitos anos assistindo à ebulição política nacional, não tenho
dúvida de afirmar que votar em político é perda de tempo, é dar emprego a
oportunistas, enquanto você, eleitor, pode estar e vai continuar desempregado.
Mesmo que você não escolha ninguém,
como contribuinte, continua com o mesmo direito de contestar a atuação de
qualquer político mequetrefe ou sacripanta. Por outro lado, sou a favor da
candidatura avulsa, sem vinculação partidária, pois não existem, no país, partidos
políticos, mas sim um cipoal de siglas partidárias, minado de políticos puladores
de galho (de partidos), que não professam a mesma ideologia partidária.
Enquanto os políticos e apadrinhados
estão preocupados com o loteamento dos cargos públicos, o estado de miserabilidade
do país continua crônico, devido à incompetência, omissão, negligência e falta
de projetos positivos de longo prazo de todos os governos, que não se
envergonham de apresentar apenas medidas paliativas de cunho eleitoreiro - tipo
bolsa esmola, auxílios temporários os mais diversos, etc. -, e não arrostam os
problemas sociais pelo menos para reduzir a pobreza extrema de
milhões de brasileiros.
Nenhum presidente da República
teve até hoje como meta prioritária erradicar a pobreza extrema do país. Todos
só enganam a nação com promessas de fazer e depois encerram o mandato sem ter
apresentado resultados positivos na vida de milhões de descamisados, que continuam
a comer o pão que o diabo amassou.
O que hoje é denunciado, por exemplo,
em Roraima, onde indígenas Yanomami, desnutridos e doentes, comovem qualquer
vivente, também existe em todo quadrante nacional à vista dos políticos,
prefeitos, governadores e presidentes da República. Não é leal, no entanto,
debitar agora as mazelas do país ao ex-presidente negacionista e fujão Jair
Bolsonaro.
O governo do PT passou mais de treze
anos no poder e foi incapaz de erradicar ou minimizar a situação de pobreza
extrema de miríades de brasileiros humildes. Se tivesse implementado medidas
consistentes de longo prazo objetivando atacar e corrigir as causas da indigência
no país, não veríamos hoje a mesma situação de penúria em que milhões de irmãos
brasileiros deserdados continuam mergulhados.
O discurso de críticas ao governo
passado é procedente, mas não se pode esquecer que o PT, em mais de treze de anos
de governo, deixou o país à beira da bancarrota, com mais de treze milhões de
desempregados, empresas quebradas, inflação alta, descrédito na comunidade
financeira internacional e a Petrobras saqueada.
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