quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Assiduidade

De tanto ver a pequenez moral e a irresponsabilidade de nossos parlamentares, a gente se sente desestimulado a continuar a acreditar na instituição política brasileira. No Congresso, faz-se "recesso branco" para tudo, até para comemorações de festas juninas, para que os políticos festeiros, que são pagos com os altos impostos tungados dos brasileiros, possam cair na folgança. Uma vergonha!O reinício do segundo período legislativo de 2008 foi marcado com um Congresso vazio e entregue às moscas. E querem que o povo continue a votar nessa corja de aproveitadores que dilapida o País.
Recentemente, o senador Marco Maciel (PE), ao ser questionado pela ausência de parlamentares em plenário, declarou sem rodeios que no mês de setembro o Congresso poderá fazer "recesso branco" por duas ou três semanas, tendo em vista as eleições. É a consagrada velha forma de desrespeito ao cumprimento de obrigações públicas que o político já tem decorado no seu subconsciente.
Essa forma viciada que os políticos têm de tratar a coisa pública e não respeitar o povo, fazendo do Parlamento o que bem entendem é uma grande imoralidade. O tempo passa, e os registros recentes de mau comportamento de políticos denegrindo a imagem do Congresso e da Nação não têm servido de antecedentes graves para corrigir os rumos do Parlamento.A pouca vergonha continua a mesma. Parece até que eles são donos do País e não devem satisfação à população. E por isso acham que podem decretar "recesso branco, preto ou amarelo" para não comparecer ao trabalho. Mas os verdadeiros culpados são aqueles que não reagem e continuam votando nesses espertalhões, que só sabem tirar proveito de um sistema representativo político falido.Se o parlamentar tivesse uma empresa, certamente, não concordaria que um empregado se ausentasse, de forma remunerada, para fazer campanha política. Pois bem, a Casa do Povo é uma empresa pública, mantida com o dinheiro de impostos cobrados de todos os brasileiros, e deveria merecer o máximo respeito e parcimônia com as suas despesas.

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