segunda-feira, 3 de novembro de 2008

A velha promessa

O período eleitoral tem sido um martírio para boa parcela da população brasileira, cansada de tanto ser enganada por essa corja de oportunistas em busca do cabide de emprego e de outros inconfessáveis interesses. O indivíduo é obrigado a privar-se de seus passa-tempos prediletos, no rádio e televisão, pelo espaço destinado ao horário político por onde desfilam mentecaptos e energúmenos candidatos com promessas as mais estapafúrdias possíveis como se todos fôssemos autômatos imbecis para acreditar em proverbiais mentiras.
O Tribunal Eleitoral deveria ser mais responsável e cuidadoso com a gravação dos conteúdos que são divulgados pelos meios de comunicação em que alguns candidatos fazem promessas de realizações enganadoras baseadas na supervenção de fatos.
Chega a ser ridícula a postura angelical, cândida e desmamada que alguns candidatos ou candidatas se apresentam para vender o seu peixe, não se sabe se de água doce ou salgada, com o objetivo evidente de abiscoitar o voto de confiança do incauto eleitor.
Neste último pleito, presenciei um candidato muito parecido, físico e aventureiramente com o legendário Dom Quixote de La Mancha, o qual não se fazia de rogado para fazer promessas futurísticas vãs. E o que é mais surpreendente: pedia para ser cobrado se não se concretizassem as prometidas realizações.Pois bem, algo semelhante encontrei nas propostas da candidata petista, deputada federal Maria do Rosário, à prefeitura de Porto Alegre, que fizera parte do governo local por 16 anos - com pouca realização nos campos sociais e urbanísticos -, e que recentemente se apresentou para renovar Porto Alegre com histórias quixotescas de construção de metrô, criação de emprego etc. Mas ainda bem que o eleitor porto-alegrense, ressabiado, soube escolher, ou melhor, manter o mesmo prefeito.

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