quinta-feira, 4 de março de 2010

Educação é moeda de troca?

Com todo o respeito, cheira demagogia, bizantinice, o projeto que premia famílias, beneficiárias do Bolsa-Família, cujas crianças tenham bom rendimento escolar. O tiro está saindo pela culatra, pois o presidente Lula já aproveitou a deixa para questionar de que fonte virá o recurso para cobrir a despesa.

Trata-se de uma iniciativa antipedagógica, embora política, que estimula o rendimento escolar à vantagem pecuniária. Isso é inaceitável. Educação não é moeda de troca. O bom rendimento escolar de crianças, entre outras coisas, é uma consequência natural do envolvimento responsável que todas as famílias devem ter com seus filhos.

Política deve ser tratada com responsabilidade. Quando ela transcende a seriedade para atingir opositores ou fins eleitoreiros deixa aberta desnecessariamente uma chaga putrefata como banquete para os abutres de plantão. E o PT já está tirando sarro dessa proposta esdrúxula do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). E vejam também o que disse o ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia: "Incluir isso no Bolsa-Família é confundir a assistência social com educação. E ainda cria insegurança em relação ao programa."

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