A
Procuradoria Especial da Mulher do Senado e a Secretaria da Mulher da Câmara dos
Deputados desenvolvem uma campanha permanente por mais mulheres na política. O
objetivo é assegurar maior igualdade entre homens e mulheres na sociedade,
aumentando a participação feminina em espaços de poder. Afinal, nós mulheres
representamos 110,5 milhões de brasileiras, 51,5% da população do país.
O
resultado positivo foi a aprovação da minirreforma eleitoral (Lei 12.891/13),
prevendo que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) incentive candidaturas
femininas. Em 2014, o TSE fez pela primeira vez intensa campanha em rádio e TV
para estimular mulheres a disputarem eleições.
Apesar
desse grande esforço, os partidos não atingiram a cota mínima de 30% por
partido ou coligação para mulheres este ano, o que indica os inúmeros desafios
a serem superados para mudar a realidade brasileira.
Foram
cadastrados 13.642 candidatos para todos os cargos nas eleições de 2014. Desse
total registrado no TSE, apenas 3.955 são mulheres, o que representa 28,99%. O
levantamento foi feito pelo site Contas Abertas. Como se sabe, a legislação
eleitoral brasileira prevê que os partidos ou coligações lancem para o
Parlamento pelo menos 30% de candidaturas de mulheres. Fonte: Congressoemfoco.
Um país
de um cipoal de siglas partidárias sem identidade ideológica, formado por
políticos oportunistas que trocam de partido constantemente de acordo com a
conveniência de seus interesses, e por outro lado um Congresso Nacional repleto
de parlamentares respondendo a processos na Justiça por corrupção e outros
desvios de condutas, tudo isso leva o cidadão ou cidadã a manifestar o seu
desinteresse pela política.
Vejam, em
levantamento recente foi registrado que 24% dos eleitores não têm candidato e
68% não têm preferência por partido. É o maior índice desde o início do
levantamento, em 1989. Isso indica a descrença política e partidária do
povo brasileiro diante de um cenário tão corrupto em que está mergulhada a
nossa política. E o mensalão é o exemplo mais negativo do indecoroso quadro de
nossa política partidária. Enquanto isso, o Congresso, que virou carimbador das
propostas do Executivo, não faz uma reforma política ampla para moralizar a
seriedade política e partidária.
Só vejo quatro
caminhos para salvar a seriedade da política nacional: a extinção
(1) do instituto da reeleição e (2) do voto obrigatório; a
instituição (3) do Voto Distrital Puro e (4) da candidatura avulsa,
sem nenhuma vinculação partidária, pois os partidos políticos brasileiros
perderam a sua credibilidade.
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