Diante do aumento vertiginoso da
pandemia no país, pela primeira vez Santa Catarina, por exemplo, transfere
pacientes para outros Estados pelo esgotamento das unidades de saúde e de suas
equipes médicas. E o hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, aluga contêiner para acomodar corpos de vítimas da Covid-19.
As críticas do presidente Bolsonaro são
manifestações irresponsáveis que guardam semelhanças às do ex-presidente dos EUA,
Donald Trump, que pregava contra as recomendações da OMS. Moral da história: EUA
e Brasil lideram o número de mortes e contaminados pela coronavírus.
Mais de 255 mil mortes e 1.840 só no
dia de hoje (03/03), o que representa uma morte por minuto, tudo isso pouco representa
para a insensibilidade mórbida de Bolsonaro & Cia, que está mais preocupado
com a performance da economia. Só que a economia se recupera, mas as vidas
perdidas, não.
Ademais, é uma obrigação de qualquer
governo comprometido com o seu povo, principalmente em relação aos mais
carentes e desempregados, destinar recursos à sua sobrevivência durante o
período da pandemia e não ficar a questionar a desestabilidade da economia.
As medidas de restrições precisam ser
observadas pela sociedade. Negar a gravidade da situação é externar deboche às milhares
de vidas de irmãos brasileiros que se foram e estão agonizantes em busca de
tratamento.
Falta publicidade do governo federal
para conscientização nacional da gravidade do aumento da pandemia. O Brasil
representa hoje uma grave ameaça a países que reduziram a doença.
Se o presidente Bolsonaro não demonstrasse
teimosia e revanchismo político, desde o início da pandemia, e liderasse
esforço no sentido de obedecer às recomendações da OMS, em vez de se posicionar
ao lado do insano ex-presidente dos EUA, pró-cloroquina e outras maluquices,
certamente o país hoje não estaria no estágio caótica de escalada da pandemia em
que se encontra.
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