A CPI da Covid teve início nesta terça-feira em clima de guerra.
Sob ataque e sem maioria no colegiado, o Planalto indicou que partirá para o
confronto contra o “G-7”, grupo de sete senadores considerados independentes e
de oposição, fazendo uma espécie de dossiê sobre os adversários. Fonte: Por
Agência Estado.
Não adianta o presidente Bolsonaro se abastecer de munição para se
defender das acusações, pois dessa vez as suas balas são de festim, ou seja, só
vão fazer barulho como, aliás, já estão fazendo.
Não adianta a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que não é flor que se cheire, pretender de forma pueril impugnar a participação na CPI do senador Renan Calheiros (MDB-AL), porque não vai conseguir. A propósito, por que a deputada Zambelli não entrou com impugnação da deputada Bia Kicis (PFL-DF) – investigada no STF no inquérito das FAKE NEWS - à eleição de presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados?
O Brasil tem que ser passado a limpo. Impostores travestidos de
políticos têm que ser varridos. Da mesma forma que Lula enganou o Brasil,
Bolsonaro também enganou ao vender uma imagem de político contrário à velha
guarda-política fisiologista do toma lá, dá cá, e disse que iria combater a
corrupção.
Mas não demorou muito para o presidente Bolsonaro ir se sentar no
colo do Centrão, grupo de partidos que o general Augusto Heleno rotulou de
ladrão ao cantarolar “se gritar pega Centrão (ladrão) não fica um, meu irmão”,
distribuindo cargos da República em troca de interesses solertes.
Contrariando a sua bandeira de combate à corrupção, Bolsonaro
tenta hoje defender com unhas e dentes o seu filho, senador Flávio Bolsonaro,
envolvido nas malhas da Justiça por ações não republicanas nas rachadinhas da
Alerj e agora com a mansão comprada em Brasília.
E, como não bastasse, Bolsonaro mostrou-se um negativista à
Covid-19, qualificando-a de forma irônica de “gripezinha”, para uma pandemia
que hoje já matou mais de 400 mil pessoas.
Bolsonaro desrespeitou e continua a desrespeitar as recomendações
da OMS. Não usa máscara.
Não foi previdente em firmar acordos, desde o início da pandemia, para adquirir
a vacina. Em vez disso, fazia propaganda de cloroquina como tratamento precoce,
lixando-se aos milhares de pessoas que viriam morrer de coronavírus, quando a
sua preocupação era apenas com a saúde da economia.
O presidente Bolsonaro é responsável sim por milhares de vidas que
a pandemia levou e continua a levar. Tanto que tratou o ministério da Saúde com
desprezo, trocando de titulares como coisa descartável, chegando ao cúmulo da
irresponsabilidade ao delegar a pasta a um general de coturno (Eduardo
Pazuello), fora da área da medicina, incompetente e cujo único papel era seguir
à risca as determinações do presidente, como ficou conhecido o mote: “é simples
assim: um manda, outro obedece”.
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