Gradualmente
Balneário Camboriú vai adquirindo contornos de uma cidade com sérios problemas
sociais, onde os assaltos, invasões, furtos e arrombamentos estão recrudescendo
diante de nossas autoridades que não têm demonstrado competência para minimizar
a situação.
Ultimamente, tem se
alastrado pela cidade legião de indivíduos desempregados e sem lares, dormindo
na rua por todos os lugares, revelando aqui as mazelas das grandes
cidades. O desemprego e a miséria são fatos de nossa realidade.
Porém, é preciso que o administrador público local se preocupe com a questão
para que a cidade não se transforme em ambiente de insegurança.
Nós, contribuintes,
não temos culpa dos problemas sociais, pois já contribuímos bastante com alta
carga tributária. Os governos e políticos, sim, são responsáveis.
O que ocorreu em BC
foi o afrouxamento de gestões municipais recentes que se descuidaram, por
negligência ou falta de competência, em fiscalizar com responsabilidade a
entrada de gente desocupada ou sem profissão definida no município.
A liberdade de ir e
vir do cidadão forasteiro e o direito de não querer trabalhar são garantidos, é
verdade, em nossa Constituição, mas é necessário existirem políticas públicas
capazes de saber lidar com a circunstância, e Balneário Camboriú, por seus
últimos prefeitos, fracassou redondamente.
A administração de
Balneário Camboriú parece se vangloriar com a opulência da construção civil, da
“Dubai brasileira”, enquanto ignora à sua vista problemas de
natureza social. Para uma cidade turística que não precisava de tantos
arranha-céus, mas de qualidade de vida sem agredir o meio ambiente, de repente
foi obrigada a rasgar a cidade com a construção de viadutos e avenidas. Sem
esquecer que seus administradores públicos não se preocuparam em estabelecer um
limite populacional para que a sua infraestrutura básica não ficasse
comprometida.
A verdade é que BC,
uma cidade de reduzido espaço territorial em relação aos municípios bem
maiores, carece de policiamento eficiente para combater a bandidagem, que está
crescendo e dando prejuízo à sociedade, bem como de administração municipal
mais competente para lidar com os problemas sociais.
Por outro lado,
trazendo impacto social, vemos hoje a cidade transformada em verdadeiro
canteiro de obras de empresários da construção civil, que desfiguram o ambiente
turístico, adquirindo prédios mais antigos para demolição e construção de enormes
espigões, e tudo isso apenas para satisfazer a ávida ambição lucrativa de seus
empreendedores. Não se trata, pois, de necessidade habitacional, mas de pura
especulação imobiliária de construtores interessados no ganho de seus negócios.
E a cidade, antes tranquila para se morar e sem sobressaltos sociais, agora
adquiriu os mesmos problemas de cidades densamente povoadas.
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