quinta-feira, 12 de março de 2009

Às viúvas de Collor

O ex-presidente Fernando Collor de Mello volta à ribalta, após um período de regalo longe do Senado, agora presidindo a Comissão de Infraestrutura daquela casa.
Eta paisinho de memória curta e de eleitor sem consciência nacional! Se até o rinoceronte "Cacareco" e o macaco "Tião" já foram eleitos, não é nenhuma surpresa a volta de figuras controvertidas à política brasileira. Collor é um mal secreto que de vez em quando dá as caras para fazer suas estripulias como o diabo gosta. Collor é um pobre de espírito: "Quanta gente que ri talvez existe, cuja ventura única consiste em parecer aos outros venturosa". Collor é aquele que apunhala e depois pergunta se a estocada doeu. Quantos "velhinhos" doentes, que usavam suas poupanças para comprar remédio e viver, suicidaram-se por causa de um desvairado? As viúvas saudosas de Collor não devem esquecer sua desastrosa política econômica de confisco financeiro. Mesmo que as poupanças tenham sido posteriormente devolvidas, elas não foram resgatadas com as devidas correções monetárias, razão por que até hoje os tribunais estão abarrotados de ações de poupadores.Seriedade não se calcula em metro. As pessoas são ou não são sérias. Não existe meio isto ou meio aquilo. Ser ou não ser, eis a questão. Quando falam e comparam que Collor sofreu impeachment por causa de um automóvel Elba ou por sobra de dinheiro de campanha cujos deslizes foram muito menores aos praticados por governos posteriores, nada disso é elemento justificável para remir a sua culpabilidade. Lamentavelmente, o País é o reflexo da política de oportunistas, que só visam às glórias do poder.Às viúvas de Collor de Mello recomenda-se ler República na Lama, de José Nêumanne Pinto e Passando a Limpo, de Pedro Collor de Mello.

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