quarta-feira, 25 de março de 2009

Só a educação salva o Brasil

Vivemos numa ilha cercada de tubarões por todos os lados. Só Deus pode fazer alguma coisa para nos salvar. Está tudo dominado. É assim que se apresenta o nosso Brasil, dominado por indivíduos inescrupulosos que só querem tirar vantagem e sugar o Tesouro Nacional com a maior cara-de-pau. Pois bem, a licenciosidade instalada neste País de vícios seculares, onde a ética e a moral são desrespeitadas todos os dias, faz com que a fronteira entre o certo e o errado, o lícito e o ilícito quase se mostre imperceptível, a ponto de um pequeno delito não ser considerado por muitos uma irregularidade.Outro dia, tivemos a notícia de que o bondoso governador do Ceará, Cid Gomes, presenteou a sogra com viagem de passeio ao exterior, usando avião fretado em missão oficial. A senadora do Maranhão, Roseana Sarney, de coração mavioso, brindou parentes com passagens aéreas não custeadas com seu dinheiro. O impoluto senador do Acre, Tião Viana, mimou a filha emprestando-lhe telefone celular oficial para passear no México, cuja despesa, segundo consta, foi quitada pelo senador. E se o caso não fosse de conhecimento público, as despesas teriam sido reembolsadas? Fica a dúvida. Vejam que foram pequenos senões, mas à luz do Direito, delitos materializados.Para combater esse mal crônico de nossa viciada cultura, só existe um caminho a perseguir: implementar políticas públicas sérias de investimento em educação para que as nossas crianças sejam educadas dentro de outros padrões pedagógicos. Ou seja, seria necessária uma nova ordem educacional no Brasil, a partir da primeira escola, trazendo conteúdos novos de esclarecimentos éticos e morais.Deveríamos sair da velha escola formal de conteúdo puramente cognitivo de alfabetização para ensinar às crianças, desde cedo, mais princípios éticos e morais, desprovidos de qualquer concepção político-filosófica. Isto é, a criança deveria ser trabalhada para entender, por exemplo, que se deve respeitar o próximo; todas as regras de usos e costumes; as normas legais; o sinal de trânsito; a velocidade nas estradas; a limpeza das ruas (lixo); a propriedade alheia (privada e pública); os professores (sem agressão verbal ou física); enfim, são esses e outros mais princípios de formação do cidadão, que não são ensinados nas escolas, que deveriam ser mais bem trabalhados pelos docentes para que a criança brasileira possa incorporar, na sua cultura, outra visão responsável de cidadania e passe a exigir de todos, lá fora, esses novos conceitos. Só assim poderemos ter esperança de um futuro melhor ao nosso País, formando cidadãos com outra concepção de responsabilidade social. É um trabalho árduo e de longo prazo, sem dúvida, mas necessário à formação de gerações isentas de tantos vícios. Só que, para essa empreitada, teríamos de importar educadores de países de cultura desenvolvida para começar o trabalho e formar novos educadores. Se não encararmos a educação com a seriedade devida, continuaremos a ser este País de apedeutas, de corruptos, de ladrões e de todos os demais vícios. Está na educação o fator de correção das mazelas de nosso Brasil.

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