A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 19, que é contra a inclusão do presidente Jair Bolsonaro (PL) como investigado no inquérito sobre o gabinete paralelo de pastores no Ministério da Educação (MEC) revelado pelo Estadão.
O parecer foi enviado a pedido da ministra Cármen Lúcia, relatora da
investigação, que cobrou um posicionamento sobre a situação do presidente após
representações da oposição. Inicialmente, o procurador-geral da República, Augusto
Aras, pediu para investigar apenas o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro,
prefeitos e pastores envolvidos no esquema de cobrança de propina para
liberação de verbas do MEC.
A nova manifestação é assinada pela vice-procuradora-geral da República
Lindôra Araújo, braço-direito de Aras. Ela diz que não há elementos para
colocar Bolsonaro no rol de investigados ou para a abertura de uma apuração
paralela. Lindôra argumenta que, caso surjam indícios de envolvimento do
presidente em eventuais irregularidades, ele poderá ser incluído como alvo do
inquérito.
"Semelhantes elementos não são suficientes para inclusão do
representado [Bolsonaro] como investigado pelos eventos em questão, eis que não
apontam indícios da sua participação ativa e concreta em ilícitos penais",
diz um trecho do documento. Os pedidos para investigar Bolsonaro ganharam força
depois que o jornal Folha de S.Paulo revelou um áudio em que
Milton Ribeiro afirma que o MEC atua com o objetivo de beneficiar os amigos do pastor Gilmar e que as portas do ministério teriam sido abertas
ao balcão religioso de propinas pelo presidente. De acordo com a PGR, a mera citação de
autoridade não é suficiente para a investigação.
Fonte: Estadão Conteúdo.
CONSIDERAÇÕES:
Augusto Aras,
procurador encomendado por BOLSONARO para entravar qualquer denúncia
contra ele, uma vergonha!
O Senado Federal já deveria, com base no art. 52, XI, CF, ter aprovado a exoneração, de ofício, do procurador.
Muito estranho. Os outros governos eram tachados de corruptos. Este, que foi se socorrer do Centrão, tinha um gabinete paralelo para tratar dos interesses dos pastores de Bolsonaro, onde era maquinado esquema de cobrança de propina para liberação de verbas do MEC, denunciado pela imprensa, e o presidente não sabia de nada? Então, o propinoduto só existia nos demais governos? O país continua o mesmo e não tem jeito!
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