Temos hoje nove suplentes
exercendo mandato de senador sem ter recebido um voto sequer para estar no Senado,
uma vergonha! São eles: Alexandre Silveira (PSD-MG), Carlos Portinho (PL-RJ), Eliane
Nogueira (PP-PI), Fábio Garcia (União-MT), Giordano (MDB-SP), Jean Paul Prates
(PT-RN), Luiz do Carmo (PSC-GO), Mailza Gomes (PP-AC) e Nilda Gondim (MDB-PB). Essa
indecência não muda jamais e nem os senadores se preocupam em corrigir a nossa
claudicante Constituição Federal.
Como o povo pode
acreditar na seriedade de nosso Parlamento diante de representantes que nem
voto receberam?
Qualquer cidadão que tenha
domínio da razão infere logicamente que um representante legítimo do Parlamento
tem que ter na retaguarda o correspondente voto eleitoral. Sem isso, é o
império da imoralidade constitucional vigente a desrespeitar os princípios
comezinhos da representação parlamentar.
Diante de tanta coisa
importante que precisa ser revista para moralizar e gerar confiança da
sociedade, o Senado e Câmara Federal perdem tempo e dinheiro público com
picuinhas políticas, disputas de poder, interesses solertes etc.
Não posso acreditar que um
senador biônico possa se sentir confortável sabendo que está representando uma sociedade sem ter
recebido um voto sequer. Ora, em nome da sociedade eleitoral, esses
representantes paraquedistas jamais poderão invocar respaldo popular para
defender qualquer posicionamento.
O que falta em nossos
representantes do Senado para moralizar essa situação? Quais os interesses
subjacentes impedem que o Art. 46, parágrafo 3º, da Constituição Federal, seja
elidido?
Infelizmente, parcela
expressiva da sociedade tem culpa ao não cobrar de nossos congressistas a
revisão das falhas ou equívocos constitucionais.
Não é justo
e razoável que a sociedade banque as despesas de parlamentares que não tenha
sido objeto do escrutínio popular. Na ausência do senador titular, deveria
assumir a vaga o candidato ao Senado que tivesse obtido imediatamente o maior
número de votos.
No entanto, o que se vê é, por exemplo, mãe do ministro da Casa Civil Ciro Nogueira, senadora
Eliane Nogueira, e outros fiadores de campanha aparecerem como suplentes nas
chapas de candidatos. Isso é de uma indecência enorme não reparada até hoje
pelo Senado Federal.
Quando o presidente do Senado,
Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pretende dar andamento para ser corrigida a
excrescência constitucional do senador suplente?
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