O presidente Bolsonaro perdeu
completamente o senso da responsabilidade ao levar em sua comitiva o general da
ativa Eduardo Pazuello para fazer campanha política no Rio de Janeiro.
Diante
das regras disciplinares do Exército, o general Pazuello comete infração. Perante
as regras sanitárias contra a pandemia, tanto o general quanto o presidente têm
que ser penalizados por não usarem máscaras e provocarem aglomeração. Por fazer
propaganda eleitoral antecipada com dinheiro público, o presidente Bolsonaro merece
ser advertido pelo TSE.
Segundo
o ministro-chefe de Segurança Institucional, general da reserva Augusto Heleno,
os militares da ativa não podem participar de manifestações políticas e serão devidamente
punidos se aparecerem em manifestações.
Em
Twitter, o general da reserva Santos Cruz escreveu que “De soldado a general
tem que ser as mesmas regras e valores. O presidente e um militar da ativa
mergulharem o Exército na política é irresponsável e perigoso. Desrespeitam a
instituição. Um mau exemplo, que não pode ser seguido. Péssimo para o Brasil”.
O
vice-presidente da República, general da reserva Hamilton Mourão, disse que
"O regulamento disciplinar do Exército prevê
que se avalie o tipo de transgressão que eventualmente foi cometido e que
consequentemente se aplique a punição prevista para o caso", e acrescentou
que Pazuello ‘sabe que cometeu erro’ ao participar de ato com Bolsonaro.
Conforme o
Estadão, o temor no Exército é que, se Pazuello ficar impune, os comandantes de
unidades percam a autoridade para punir, eventualmente, sargentos e tenentes
que resolvam seguir o exemplo do general, inclusive os que resolverem
participar de atos políticos de partidos de oposição.
O presidente
da República tem que respeitar a imagem do Exército brasileiro e não concorrer
para a indisciplina de militares da ativa. Ora, fica muito clara a razão pela
qual o general Pazuello foi um ajudante de ordem do presidente Bolsonaro no
comando do Ministério da Saúde ao mentir para defender o presidente Bolsonaro
na CPI da Covid, ou seja, “um manda, outro obedece”. E o general continuou a
obedecer a Bolsonaro ao comparecer de forma indisciplinar à manifestação
de natureza político-partidária no RJ.
A verdade é que o presidente da
República está atordoado com o vulto do ex-presidente Lula, cuja imagem se
agiganta nas pesquisas. E tudo isso é culpa do próprio Bolsonaro que demonstrou
inabilidade de governar e teimosia “ditatorial” na condução do país diante da
pandemia, proporcionando assim oxigênio para a ressurreição do representante
petista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário