A
16ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP) arrecadou, nesta quinta-feira, 10, R$ 8,915 bilhões em
bônus de assinatura.
Foram
arrematados 12 dos 36 blocos oferecidos para exploração e produção de petróleo
e gás natural em regime de concessão, sendo dez na Bacia de Campos. Ao todo,
dez empresas diferentes compuseram as propostas vencedoras.
O
ágio acumulado com as propostas apresentadas foi de 322% para o bônus de
assinatura e de 390% para as unidades de trabalho do programa exploratório
mínimo. Os contratos, que serão assinados em fevereiro de 2020, devem gerar um
investimento de R$ 1,5 bilhão.
Considerados
de elevado potencial, os blocos na Bacia de Campos atraíram consórcios e
disputa de ofertas em alguns casos. Ao todo, dez dos 13 blocos da bacia foram
arrematados.
Para
o bloco C-M-541, com bônus de assinatura mínimo de mais de R$ 1,3 bilhão, um
consórcio liderado pela Total e pela QPI e outro liderado pela Petrobras
ofereceram mais de R$ 4 bilhões de bônus de assinatura.
Apesar
do bônus oferecido por Petrobras e Equinor terem sido quase R$ 60 milhões
maior, a Total, a QPI e a Petronas incluíram mil unidades de trabalho a mais no
Programa Exploratório Mínimo (PEM) e arremataram o bloco.
Com
a disputa, o primeiro setor da Bacia de Campos, o SC-AP4, arrecadou R$ 6,788
bilhões em bônus de assinatura, um valor 331% maior que o bônus de assinatura
mínimo, diferença chamada de ágio.
No
segundo setor leiloado na Bacia de Campos, o SC-AUP3, a disputa foi pelo bloco
C-M-661, arrematado por um lance de R$ 1,115 bilhão oferecido pela Petronas,
única empresa inscrita no leilão que ainda não tinha contratos para exploração
e produção no Brasil. A proposta garantiu um ágio de 545,37% no setor.
O
terceiro setor leiloado na Bacia de Campos, o SC-AUP4 também teve disputa por
um dos blocos, e o consórcio entre a Shell, Chevron e QPI venceu oferecendo R$
550 milhões de bônus de assinatura e 206 unidades de trabalho. Com ágio de
310%, o setor arrecadou quase R$ 600 milhões em bônus de assinatura.
As
bacias de Camamu-Almada e Jacuípe, cujo leilão foi questionado pelo Ministério
Público Federal na Bahia, não receberam propostas. Somadas, elas tinham sete
blocos em uma área considerada de nova fronteira, onde há menos atividade
exploratória.
Também
classificada como de nova fronteira, a Bacia de Pernambuco-Paraíba não recebeu
ofertas pelos seus cinco blocos.
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