“Toffoli propõe barrar prescrição até o fim do julgamento de
recursos em tribunais superiores. A sugestão foi enviada a presidentes da
Câmara e Senado. Mudança pode reduzir impacto de eventual decisão do STF que
permite prisão só após julgamento de todo os recursos.” Fonte: G1.
Sei que a minha indignação não sensibilizará os presidentes da Câmara e
Senado pela forma não republicana como ambos
se comportam à frente do Parlamento Federal. Mas cabem aqui quatro
citações: 1) “Sou reacionário. Minha reação é contra tudo o que não presta
(Nelson Rodrigues)”; 2) “Quando os que comandam perdem a vergonha, os que obedecem
perdem o respeito (Georg C. Lichtenberg)”; 3) “A esperança tem duas filhas
lindas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as
coisas como estão; a coragem, a mudá-las (Santo Agostinho)”; e 4) “O meu ofício
é dizer o que penso (Voltaire)”.
Lamenta-se o conchavo espúrio entre os poderes Judiciário e Legislativo ao traçarem gentilezas recíprocas
não republicanas para que a condenação em segundo grau seja derrubada em
troca de aprovação de lei prevendo a não prescrição de processos de natureza politica até o fim do julgamento
de recursos em tribunais superiores.
Assiste-se, de forma imoral
e inescrupulosa, à velha prática (política) de cortesias mútuas, em que três
representantes – STF, Câmara e Senado – da República ajeitam conspiração contra
a moralidade republicana.
O país é de difícil solução, por exemplo, pelo espectro de
seu quadro político e jurídico (STF), formado, de um lado, por políticos mequetrefes,
respeitadas algumas exceções, por causa
do excrescente instituto do voto obrigatório, que elege e reelege
qualquer um. E, de outro lado, pela forma equivocada de indicação política dos
membros da Suprema Corte, a qual, por isso, não transmite segurança à sociedade.
Evocando Cazuza. “Brasil!
Mostra a tua cara. Quero ver quem paga.
Pra gente ficar assim! Qual o teu negócio? O nome do teu sócio?”. Aqui, ninguém
é responsável por nada e as coisas continuam na mesmice. Os políticos mandam e desmandam no país. Se se
tratar de um político peixe-grande, que vai preso, ele é tratado com cortesia
no “hotel cinco estrelas” da Polícia Federal, em Curitiba. E quando se pretende moralizar a duradoura
liberdade de figurões políticos corruptos, o STF, a serviço de quem..., vem socorrer os
filhotes da imoralidade.
Não sou admirador de Olavo de Carvalho, mas me filio à sua
posição de que “A união indissolúvel do povo, presidente e Forças Armadas” é a
única salvação para moralizar e reconstruir o país. Temos que reduzir
drasticamente o tamanho do Legislativo Federal, Estadual e Municipal, repleto de
gente improdutiva e montada sobre pilhas de mordomias indecentes. O Senado tem
que investigar a conduta do STF (CPI do Judiciário).
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