A decisão de Toffoli gerou repercussão entre políticos, juristas e
a sociedade.
O país é a imagem degradante de seus políticos, responsáveis pelo
lento desenvolvimento do Brasil, bem como pelo quadro de miséria em que vivem
milhões de deserdados brasileiros, vítimas da malversação do dinheiro público
pela corrupção política.
Sem partidarismo, sem lado político, temos de ter senso crítico
responsável para censurar o comportamento indecoroso de nossos políticos, seja
Lula ou Bolsonaro.
A corrupção política não pode ser contemporizada. Os seus
envolvidos devem ser penalizados de forma exemplar e não absolvidos por
magistrados do STF.
Ocorre que ministros (petistas) do STF, com objetivo substantivo
de proteger Lula de suas incursões ilícitas, vêm desmoralizando as decisões
judiciais.
Primeiro, invalidaram a posteriori, em processo discutível de incompetência
de foro, a condenação de Lula por corrupção e lavagem de dinheiro, após decisão
em três instâncias, desacreditando, assim, o próprio Judiciário. De qualquer
forma, Lula não foi absolvido. E crime de corrupção política não deveria
prescrever.
Agora, o ministro (petista), Dias Toffoli, em decisão monocrática,
vem desmoralizar as decisões judiciais, anulando provas do acordo de leniência
da Odebrecht, validadas pelo próprio STF. Uma vergonha. Trata-se de um preposto
do PT no STF a serviço do partido, que sem escrúpulo toma deliberação tendenciosamente
partidária.
O acordo de leniência é uma delação premiada para empresas. O da
Odebrecht foi fechado em dezembro de 2016. Como parte do acordo, a construtora
abriu ao Ministério Público Federal planilhas da contabilidade paralela, com
registros de propinas a dezenas de políticos e funcionários públicos,
registradas nos sistemas Drousys e My Web Day B. A empresa também se
comprometeu a desembolsar R$ 6,8 bilhões para ressarcir os cofres públicos.
Fonte: Estadão.
Ora, planilha de contabilidade paralela com registros de propinas
a indecorosos políticos é, sim, instrumento documental comprobatório das
ilicitudes praticadas pela gangue política que havia se instalada no país. No
entanto, o petista Dias Toffoli, com ousadia, desafiando decisões judiciárias, invalida
provas e classifica a prisão do presidente Lula como sendo um dos maiores erros
judiciários da história do país. Um absurdo a opinião desse
ministro.
O ex-juiz Sérgio Moro, que homologou o acordo de leniência da
Odebrecht em 2017, defendeu a Lava Jato e disse que a decisão é contrária à
jurisprudência do STF. Segundo Sérgio Moro, "a corrupção nos governos do PT foi
real, criminosos confessaram e mais de seis bilhões de reais foram recuperados para
a Petrobras. Esse foi o trabalho da Lava Jato, dentro da lei, com decisões confirmadas
durante anos pelos tribunais superiores."
Como o ministro Toffoli e outros irresponsáveis têm a insensatez
de vir santificar o presidente Lula?
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